Pride of Lions – Resenha de “Fearless” (2017)

 
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Pride of Lions: “Fearless” (2017, Frontiers Music srl, Musik Records) NOTA:8,5

Pra quem cultua o AOR/Hard Rock doitentista, o Survivor é um dos cardeais mais importantes, tendo modelado uma personalidade melódica impressionante, muito pelo trabalho do habilidoso guitarrista Jim Peterik, que também é famoso por ter grandes vocalistas ao seu lado.

O Pride of Lions faz parte da rica trajetória de Jim Peterik desde de 2003, quando recrutou o jovem e talentoso vocalista Toby Hitchcock (com estilo amalgamando Lou Gramm, Steve Perry e John Tempest) para ajudá-lo a modernizar a geometria do Melodic Rock oitentista.

É inegável que bandas daquela época como Foreigner, Europe, Journey, além do próprio Survivor, possuíam uma magia cativante em suas melodias, e o Pride of Lions vem recuperar, por uma produção contemporânea, parte desta mistica musical, e podemos dizer que tal objetivo foi alcançado pois, mesmo que não alcancem o sucesso de outrora, afinal os tempos são outros, a dupla confeccionou uma discografia concisa, sendo que seu primeiro lançamento auto-intitulado é um marco de renovação dentro do gênero, seguido de perto pelos dois trabalhos subsequentes, “The Destiny Stone” (2004), e “The Roaring of Dreams” (2007).

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“Fearless” é o quinto álbum do projeto de Jim Peterik, do Survivor, junto com o vocalista Tobias Hitchcock, onde reafirmam modernização da geometria do Melodic Rock oitentista, de alta envolvência melodia por teclados, guitarras, linhas vocais, além de refrãos cativantes…

Agora, em 2017, temos “Fearless”, seu quinto álbum, reafirmando a proposta de vocais poderosos, melodias cativantes e acessíveis, advindas dos teclados precisos e das guitarras eloquentes.

Já numa primeira audição a faixa-título salta do repertório como destaque máximo, esbarrando no Hard Rock pelas guitarras flamejantes e pelo andamento mais acelerado, mas mantendo a textura AOR, principalmente nos vocais elegantes.

No geral, “Fearless” mantém a fórmula dos trabalhos anteriores, entregando aquilo que se espera, com a qualidade usual dos nomes envolvidos – completando a banda temos Mike Aquino (guitarras), Ed Breckenfield (bateria), Klem Hayes (baixo), e Christian Cullen (teclados) -, mas sem se autocopiar.

Confira a faixa “The Tell”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=9UzuEQiABK8&w=560&h=315]

E mesmo que Hitchcock seja um vocalista brilhante, é impossível ofuscar a excelência de Peterik. Além de um compositor destacável dentro do Rock, com habilidade e destreza na alquimia melódica, resumindo perfeitamente a essência do AOR, Peterik ainda é o responsável pela produção impecável do álbum e também registrar algumas linhas de teclados e voz. Mas tudo se torna ainda mais grandioso quando o talento de ambos se entrelaça, principalmente nas harmonias vocais.

Enquanto canções como “In Caricature”, e “The Silence Says It All” (que poderia estar em “The Roaring of Dreams”) trazem aquela alta envolvência melodia por teclados, guitarras, linhas vocais, além de refrãos precisos, outras como “The Tell”, e “The Light In Your Eyes”, são construídas sobre a geometria mais cadenciada do AOR, cheio de sentimento e com uma dose pontual de dramaticidade nos vocais. E claro, não podiam faltar as baladas emocionais “Everlasting Love” “Unmasking the Mystery”. 

Confira a faixa “Silent Music”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=M3gEIRD2uYQ&w=560&h=315]

E neste cenário, é obrigatório destacar, junto a já citada faixa-título, “Silent Music”, “Rising Up”, “Freedom of the Night” (que vai emocionar os fãs do Survivor) como os destaques máximos de “Fearless”. Por outro lado,  “All I See Is You” “Faster Than a Prayer” são os momentos mais genéricos e, por consequência, os mais fracos do repertório altamente nivelado.

Definitivamente apresentaram um ponto de inflexão em sua discografia, após o mediano “Immortal” (2012), retomando o rumo dos dois ou três primeiros álbuns no que tange à composição Aos meus ouvidos ficou ainda a sensação de nos aproximarmos da sonoridade do álbum “Risk Everything” (2015), do projeto de Peterik ao lado de Marc Scherer.

Se você aprecia o bom e velho AOR, este álbum é uma das melhores pedidas do ano.

Confira a faixa “The Light In Your Eyes”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=16GB5bmvtWw&w=560&h=315]

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