Monster Truck – Resenha de “Furiosity” (2013)

 

Alegoricamente, este primeiro álbum do quarteto canadense Monster Truck, “Furiosity”, serviu de arauto no concorrido ringue do hard rock mundial.

Poucas modalidades esportivas são tão nobres e clássicas como o boxe e sempre que surge uma nova promessa da modalidade, uma luta que exiba suas virtudes, sejam técnicas ou de bravura, se faz necessária.

Apresentando influências que vão de Blackfoot à Deep Purple, passando por Thin Lizzy, Triumph, Soundgarden e Black Sabbath, mostram-se em forma, com muita força e vitalidade na sua sonoridade, se utilizando de golpes roqueiros clássicos, trabalhados no hard rock pujante, com bateria sustentando firmemente as harmonias e o baixo mostrando versatilidade – ora dobrando as guitarras ou preenchendo seus espaços, ora tomando para si o protagonismo nos arranjos -, empunhado pelo também vocalista Jon Harvey.

Monster Truck Furiosity
Monster Truck: “Furiosity” (2013, Dine Alone Records, Hellion Records)

Com muita energia inciam o assalto musical com a empolgante “Old Train“, já nos mostrando quais serão suas especialidades: os riffs diretos de guitarra que nos atingirão incessantemente, os solos que virão como cruzados bombásticos e as melodias que nos atingirão como ganchos atordoantes.

No alicerce instrumental, as faixas apresentam uma indiscutível base blues rock, dotada de uma malícia encorpada por harmonias típicas do stoner rock, bem azeitadas e que cheiram a óleo e poeira de estrada em alguns andamentos, sendo ainda adicionada da rusticidade do southern rock.

Tudo incendiado com muita testosterona, um pouco de gasolina e atitude, ainda investindo em golpes modernos em alguns andamentos.

No geral, todas as faixas seguem um alto padrão de variação e qualidade, sendo que, além da já citada faixa de abertura, são destaques, a acelerada “Psychics” (pesada e diferenciada), “Power of People” (levemente alternativa), “Oh Lord” (cadenciada e de guitarras maliciosas) e “Undercover Love”.

E se após estas pancadas roqueiras suas dúvidas quanto a qualidade da banda ainda estiverem de pé, certamente as pseudo-baladas “For The Sun” e “My Love Is True”, melhores faixas do álbum, se encarregarão de nocauteá-las impiedosamente.

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