Hellish War – Resenha de “Keep It Hellish”” (2013)

 
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Hellish War: “Keep It Hellish” (2013, Pure Steel Records, Voice Music)

Por mais de duas décadas a banda paulista Hellish War se mantém fiel aos mandamentos clássicos do Heavy Metal, num ritual que conjura espíritos mitológicos da era oitentista do estilo, sem desmerecer as melodias certeiras e os vocais envolventes, emoldurados por um instrumental trovejante e poderoso.

“Keep It Hellish” é o terceiro álbum da banda, concebido após uma importante turnê européia que rendeu o clássico live album “Live In Germany”, e que inicia um novo ciclo na discografia da banda.

Musicalmente, continuam amalgamando a imponência das escolas europeias do Heavy Metal, com a maestria e classe britânica, mas, se antes, nos dois primeiros álbuns, a escola alemã de nomes como Helloween, Warrant (não confundir com a banda norte-americana de Hard Rock), Running Wild e Grave Digger se sobrepunha às influências  de Iron Maiden e Judas Priest, agora a balança pendeu para a excelência britânica.

Claro que estamos falando em termos de influência, pois a maturidade atingida pelos anos de estrada conferiu mais personalidade no trato do Heavy Metal Tradicional (mesmo que “The Quest” seja uma épica transmutação temporal dos bons tempos do Iron Maiden para a modernidade), manuseado todos os clichês do estilo com sabedoria (fato já estampado na capa que retoma o guerreiro da capa de “Defender of Metal” (2001), mas de uma maneira mais artística e até mesmo sóbria).

O resultado é um Metal Tradicional forte e sem inovações, com guitarras oscilando entre peso e melodia, seção rítmica firme e vocais melódicos, mas imponentes.

“Keep It Hellish” é, em essência, um álbum construído sobre guitarras bem trabalhadas (confira as faixas “Fire And Killing” e a instrumental “Battle At The Sea”), ora em uníssono, ora duelando, e refrãos envolventes (como na Hard n’ Heavy “Scars”), lapidando a fórmula mais primitiva do primeiro trabalho, mas sem perder a pujança.

E aqui reside um ponto interessante, pois esta lapidação, além da produção de Ricardo Piccoli, na Itália, advém também do novo vocalista Bil Martins, que mesmo desfilado cacoetes de suas principais influências, consegue ter voz própria (com perdão do trocadilho).

As melodias ganharam mais impacto, encarnando um espírito épico ao invés de bélico, e a produção conseguiu ser orgânica como no passado do gênero, mas também oxigenar os tradicionalismos, como pode ser observado em faixas como “Keep It Hellish” (metal por essência), “The Challenge” (com um belíssimo trabalho de guitarras), “Masters of Wrecking”, e “Phantom Ship” (que traz uma pegada à lá Running Wild), destaques máximos deste trabalho.

“Keep It Hellish” é, de longe, o melhor trabalho da banda, onde conseguem capturar toda a sua imagética e sonoridade de modo adulto e moderno, mantendo a tradição de praticar o puro Heavy Metal, forjado por fogo e aço, com empolgação, empenho, e energia revitalizados.

Confira o clipe da faixa-título… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=VVzydSDFFb4&w=560&h=315]

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