Gamma Ray – Resenha de “Alive 95” (1996, 2017)

 
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Gamma Ray: “Alive ’95” (1996, earMUSIC, Shinigami Records) NOTA:9,0

Agora é a vez do primeiro disco ao vivo do Gamma Ray ganhar sua versão remasterizada dentro das comemorações do jubileu de prata da banda oriunda de Hamburgo, na Alemanha. “Alive ’95” foi lançado em 1996 e gravado durante a turnê de “Land of the Free” (1995) e além de sua óbvia qualidade como registro ao vivo de uma das bandas mais interessantes de sua época, marca o último ato discográfico com Jan Rubach (baixo) e Thomas Nack (bateria), e tendo Dirk Schlächter nas seis cordas. Ou seja, “Alive ’95” marca o fim de uma era do Gamma Ray.

Neste contexto, não espanta que seis das treze composições apresentadas no tracklist sejam de “Land of the Free” (1995): a faixa-título, que abre o show, acompanhada de “Man on a Mission” (acelerada e melódica), “Rebellion in Dreamland” (longa e épica),“The Saviour”, Abyss of the Void”, e “Fairytale”.

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Capa original de “Alive ’95”, quando lançado em 1996.

Se atentarmos para o fato de que duas destas são curtas “vinhetas”, então vemos que tudo foi balanceado de modo a contemplar os clássicos pregressos da banda, o que não apaga a evidência deixada de que “Land of the Free” (1995) era o mais importante disco da banda até então. E fica evidente como o direcionamento mais linear e acessível daquele trabalho foi eficiente ao vivo, com vibração e energia.

Todavia, temos outros atrativos ainda mais saborosos no repertório. Claro que é sempre empolgante ver Hansen entoando clássicos do Helloween, como “Ride The Sky” “Future World” aqui presentes, mas, obviamente são faixas como “Space Eater”, “Lust for Life” e “Tribute to the Past”, originalmente registradas na voz de Ralf Scheepers, que despertariam a maior curiosidade pela interpretação de Hansen.

Ou seja, a banda consegue cobrir grande parte de sua carreira, ignorando apenas as composições de “Sigh No More” (1991). Estas composições da fase Scheepers funcionaram muito bem na voz de Hansen (que costumava cantá-las nos ensaios, mesmo quando o ex-vocalista ainda estava na banda), com destaque à performance de “Space Eater” que certamente era a que despertaria mais curiosidade pela forma impecável que Scheepers interpretava esta composição.

Confira a faixa “Space Eater”… [spotify id=”spotify:track:4Ik94t7MDsPBzOECYgaokO” width=”400″ height=”420″ /]

Em algumas entrevistas, Hansen chegou a admitir que cantar algumas faixas da fase-Scheepers era difícil, mas seu trabalho neste álbum é impecável, com destaque a “Heal Me”, faixa que já traziam seus vocais como principais na versão original de estúdio, além do cover para “Heavy Metal Mania”, da banda Holocaust.

Seguindo o que aconteceu com “Insanity and Genius” “Land of the Free” (1995), no Brasil, o relançamento luxuoso de “Alive ’95” foi, caprichosamente, feito pela Shinigami Records, com encarte esmerado trazendo fotos, uma contextualização histórica, além de uma nova capa com o famigerado mascote Fangface que certamente será uma das melhores das novas artes feitas para os relançamentos.

Confira a faixa “Man on a Mission”… [spotify id=”spotify:track:4Ajppbr9crRKervP8A1XWa” width=”400″ height=”420″ /]

Além disso tudo, as faixas, registradas durante a perna europeia da turnê de  “Land of the Free” (1995), nas cidades de Milão, Paris, Madri, Pamplona e Erlangen, ganharam em peso numa performance que transpira maturidade por uma banda azeitada e entrosada, fatalmente a melhor forma instrumental daquela formação. Fato que pode ser corroborado pela remasterização de Eike Freese, que conseguiu deixar tudo ainda mais cristalino e brilhante, registrando a troca de energia que existem em apresentações ao vivo.

No segundo CD, temos seis composições registradas ao vivo ainda com o vocalista Ralf Scheepers, que foi originalmente lançado na versão norte-americana de “Alive ’95” , com destaque às performances de “Insanity and Genius” e a eterna “Heading for Tomorrow”.

Um retrato final obrigatório da primeira era do Gamma Ray!

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