Vader – Resenha de “The Empire” (2016)

 

“The Empire” é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda polonesa de death metal Vader, lançado em 2016. À seguir, uma resenha do nosso colaborador Ricardo Leite Costa para esse disco que foi lançado no Brasil via Shinigami Records.

Vader - The Empire (2016, Shinigami Records) Resenha Review

Às vezes eu ainda me pergunto, porém sem nunca obter resposta, do por que de nunca ter dado a devida atenção ao Vader.

Nunca me aprofundei em sua discografia e nem nunca me interessei de fato pela banda.

Típico exemplo do ser humano que falhou miseravelmente em sua existência, afinal Vader é classe A.

Pena eu ter descoberto isso meio tarde.

A sua mistura pomposa e substancial de Thrash e Death Metal rende uma música pesadíssima, encorpada, densa e potencialmente agressiva.

Os poloneses já estão na ativa há muitos anos (a banda foi fundada em 83, porém lançou sua primeira demo apenas em 88), lançando ótimos trabalhos com regularidade e espalhando o terror mundo afora.

Tive meu primeiro contato com a banda há pouco tempo, com o disco “Welcome to the Morbid Reich”, ou seja, estou começando de trás pra frente.

A primeira impressão foi favorável, e recentemente fui designado pela diretoria a resenhar o mais novo trabalho do grupo, o recém-lançado “The Empire”.

Vamos a ele!

Há pouco tempo atrás, mais precisamente em agosto deste ano, tivemos um aperitivo do que seria “The Empire”, com o lançamento do ep “Iron Times” que continha duas faixas inéditas, “Parabellum” e “Prayer To The God of War”, ambas presentes no vindouro disco, acrescidas de duas bônus (versões para clássicos do Panzer X e Motorhead).

Essas faixas novas mostravam um Vader com sangue nos olhos, abusando da velocidade, do peso e dos “blast beats”.

Uma banda energética, revigorada, que se continuasse nessa linha, daria ao mundo um álbum não menos que fabuloso.

E não é que os caras conseguiram esse feito?

“The Empire” vai agradar não só ao fã de Thrash ou Death Metal, mas sim ao fã de música pesada bem feita.

Composições bem trabalhadas, dinâmicas, conduzidas em uma linha tênue entre peso e agressividade, e que culminam em um verdadeiro holocausto metálico do qual nem as baratas sairão com vida.

O início com “Angels of Steel” é apoteótico e não é exagero afirmar isso. Riffs alucinantes, solos perfurantes e bateria “esmaga crânio” fazem a minha, a sua, a nossa festa.

E pelo jeito o réveillon vai ser animado, pois na seqüência ainda temos duas marteladas: “Tempest” e a já mencionada “Prayer To The God of War”, ambas com poder de te soterrar em destroços.

O álbum ainda segue nessa linha, intercalando momentos de pura agressão com outros mais “amenos”, digamos assim, exemplo disso é a faixa “Iron Reign”, onde o Metal tradicional prevalece, demonstrando o apreço do Vader por medalhões do estilo, tais como Iron Maiden, Judas Priest e Saxon.

Porém, a calmaria durou pouco e ainda temos alguns destaques no bom e velho estilo Vader de ser: “Genocidious” e “Feel my Pain” sobressaem-se em aspereza, ambas resgatando aquela maldade primitiva do início da banda.

O final te manda de volta ao inferno com “Send me Back to Hell”, uma composição cadenciada que serve pra dar um descanso merecido aos ouvidos e pescoço após tantas açoitadas.

Pelo menos ao meu ver, “The Empire” cumpre seu papel com sobras e merece uma boa conferida.

Se eu tivesse ouvido antes, talvez até entrasse na lista de melhores do ano. Um grande registro do Vader, honrando sua posição de maior banda polonesa.

Não faça como este redator imbecil: conheça o Vader de cabo a rabo.

Ainda dá tempo de me redimir, não?

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